O secretário de Assistência Social de Várzea Grande, bispo Gustavo Duarte, afirmou nesta terça-feira (13) que está sendo alvo de perseguição política por parte do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, e da primeira-dama, Virgínia Mendes. A declaração ocorreu em frente à sede da Polícia Federal, após sua condução para prestar esclarecimentos na Operação Fake News, que investiga a disseminação de informações falsas durante as eleições de 2022.
Duarte atribui sua condução à publicação de um vídeo, há cerca de dois anos, no qual criticava o uso de um avião pelo governador para um deslocamento de 95 km até o Lago do Manso. O bispo mencionou ainda outro episódio em que questionou Mendes pelo uso de uma aeronave para participar de um evento social.
“Assim como a imprensa questionou quando ele pegou um avião para ir a um churrasco da JBL, eu também fiz o questionamento. Foi um erro? Foi. Pedi desculpas para a primeira-dama, mas não posso colocar minha vaidade acima do que é essencial”, afirmou.
Apesar de Duarte negar que tenha sido preso, a Polícia Federal confirmou a detenção e informou que um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desacato foi lavrado. Segundo ele, a abordagem dos agentes foi agressiva, e seus celulares, assim como os de sua esposa, foram apreendidos para investigação.
A Operação Fake News tem como objetivo combater crimes eleitorais e contra a honra, supostamente cometidos contra Mauro Mendes durante a campanha eleitoral de 2022. A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Núcleo Regional Eleitoral das Garantias I, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).