O reajuste do salário mínimo para 2024 será de 7,5%, refletindo a inflação do ano e o crescimento da economia brasileira, com base no Produto Interno Bruto (PIB). O novo valor entrará em vigor no dia 1º de janeiro, impactando os salários dos trabalhadores a partir de fevereiro.
O valor de R$ 1.523 ficou R$ 10 abaixo do previsto anteriormente, uma diferença ocasionada pela alteração na fórmula de valorização real do salário mínimo. Criada no início do governo Lula 3, a regra considerava a inflação dos 12 meses anteriores, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além da variação do PIB de dois anos antes.
Com o INPC de 4,84% e o PIB de 2023 de 3,2%, o salário mínimo deveria ter chegado a R$ 1.528 em 2025, mas a reforma fiscal do Ministério da Fazenda modificou a proposta, limitando o aumento a um teto de 2,5%, o que resultou no valor de R$ 1.523.
A decisão tem um impacto direto nas contas públicas. De acordo com o relator do Orçamento no Congresso, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), o ajuste de R$ 10 no salário mínimo contribuirá para um alívio fiscal de cerca de R$ 3,5 bilhões em 2024. A estimativa é de que cada R$ 1 de aumento no valor do salário mínimo gere aproximadamente R$ 350 milhões em gastos adicionais.
Este ajuste vem em um momento de atenção às finanças do país, com o governo buscando equilibrar o aumento do poder de compra dos trabalhadores e o controle da inflação, enquanto ainda lida com os desafios fiscais.