Segundo noticiou o Jornal “Folha do Estado”, através do seu site (folhadoestado.com.br) o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta terça-feira (22), manter o afastamento do juiz Ivan Lúcio Amarante, da Comarca de Vila Rica (MT), investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentenças. A decisão foi tomada com base em uma liminar proferida no dia 11 de outubro pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques.
A investigação contra Amarante foi intensificada após a apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá. O relator do caso apontou "indícios suficientes" de um relacionamento suspeito entre o magistrado e Zampieri, sugerindo a necessidade de uma investigação mais aprofundada.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do STF, destacou a "incomum proximidade" entre o juiz e o advogado falecido, levantando suspeitas de que o magistrado poderia ter recebido vantagens indevidas.
Amarante é o terceiro magistrado afastado por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção. Em agosto de 2024, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, também foram afastados após serem ligados a Zampieri, acusado de atuar como "lobista" na Justiça estadual.
As investigações sugerem que os magistrados mantinham uma relação de "amizade íntima" com o advogado e que poderiam ter recebido dinheiro e presentes em troca de decisões judiciais favoráveis aos interesses de Zampieri. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, destacou a gravidade das denúncias, que apontam para "graves faltas funcionais" e indícios de corrupção no Judiciário do Mato Grosso, conforme informou o jornal Folha do Estado, de Cuiabá (MT).
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