A todos nós interessa! Com esta frase inicio a este texto que busca ser um instrumento de
mudança no pensamento sobre os negócios da agricultura familiar, que vem a ser um pilar
fundamental para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil, onde a agricultura
desempenha um papel central na economia. E indicadores socioeconômicos mostram que nos
últimos anos, tem se consolidado como um verdadeiro "hub de negócios", ao integrar diversos
setores e fornecer uma base sólida para a produção de alimentos, a geração de emprego e a
preservação ambiental, tornando-se um eixo de inovação e colaboração entre produtores,
consumidores e novos mercados, cito também os mercados institucionais que se resguardaram
com a força de leis específicas obrigando ao Governo a deter uma porcentagem de todo
orçamento designado para as compras de alimentos para o sistema prisional, as creches pré-
escolares, as escolas municipais e estaduais, as forças armadas e os hospitais, fazendo deste
nicho oportunidade de renda garantida.
Primeiramente, é importante entender o conceito de "hub de negócios". Um hub é um ponto
central, um polo de interconexão, onde diversos atores se encontram, colaboram e criam
oportunidades para crescimento mútuo. Já no contexto da agricultura familiar, esse conceito se
materializa na diversificação das atividades econômicas que surgem em torno da produção rural.
Produtores familiares não se limitam a cultivar alimentos; muitos expandem suas atividades para
a agroindústria, o ecoturismo, a comercialização direta ao consumidor, além de envolverem-se
com práticas sustentáveis, como a produção orgânica e a agroecologia. Esses agricultores
tornam-se, assim, protagonistas de uma cadeia produtiva que abrange desde a terra até a mesa
dos consumidores, gerando emprego, renda e inovação em múltiplos setores, caracterizando a
relação direta entre produtores familiares e consumidores como sendo um dos principais fatores
que oportunizam à agricultura familiar ser um hub de negócios. As variáveis demonstrações de
subtipos de venda seja ela direta, por meio de feiras locais, mercados de produtores ou
plataformas digitais, possibilita que os agricultores tenham maior controle sobre o preço de seus
produtos, além de estimular a produção de alimentos mais saudáveis e frescos tudo isso depois
de pautados sob a certificação dos produtos de origem animal ou vegetal, garantindo agregação
de valor aos produtos que entrarão neste hub. Esse modelo de comercialização fortalece a
economia local e promove um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo,
o consumidor se beneficia da proximidade com a origem dos alimentos e da possibilidade de
consumir produtos com menor impacto ambiental e com certificação, algo cada vez mais
valorizado no mercado atual.
Outro aspecto não menos importante que elenco e também relevante, é a capacidade da
agricultura familiar de fomentar a criação de redes de cooperação e de associativismo, na
formação de grupos coletivos como em cooperativas, que trabalham juntos para superar
desafios, como a dificuldade de acesso a crédito e a baixa escala de produção. Essas organizações
ainda dependem da mão do estado para poderem se estruturarem, obter condicionantes em um
ambiente legal do ponto de vista funcional, jurídico e administrativo, e nesta estruturação
sistêmica bem sucedida elas funcionarão como hubs de inovação e capacitação, oferecendo aos
pequenos produtores as ferramentas e o suporte necessários para expandir suas atividades e
acessar mercados maiores. Nesse sentido, a agricultura familiar se transforma não apenas em
um setor produtivo, mas em um movimento coletivo de geração de negócios e fortalecimento
da economia local corroborando com a conexão campo e cidade
Governos e inciativa privada se unem em esforços a fim de estabelecer mecanismos legais tais
quais como foi publicada, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria SAF/Mapa nº 287, por
meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (SAF/ Mapa), que institui o Projeto Hubtech da Agricultura Familiar,
que trata do desenvolvimento de arranjos institucionais – Hubs Virtuais – como ferramentas
capazes de reunir esforços de organizações públicas, privadas e não-governamentais, visando à
criação de ambientes virtuais com informações consolidadas de diferentes instituições do Agro-
familiar brasileiro, a fim de disponibilizar o conteúdo agropecuário relevante para os
extensionistas, agricultores e outros públicos relacionados. Tal medida visa a aproximação e um
ambiente próprio desde a organização da produção e sua comercialização, trazendo consigo
também o universo acadêmico para contribuir ainda mais com o crescimento das possibilidades
de negócios para a agricultura familiar.
Nesta mesma seara o programa que outrora parecia tão equidistante, porém se torna factível é
a ATER DIGITAL que apoia iniciativas que visem dar celeridade e agilidade ampliando o acesso
dos agricultores a serviços modernos e eficientes aumento desta forma sua competitividade,
Portanto o poder da tecnologia agrega para que todos os fatores determinantes do
desenvolvimento sustentável, desenvolvimento social e econômico voltados para o
fortalecimento da agricultura de pequena escala e produtora de alimentos sejam em um futuro
próximo e próspero um HUB sustentável de negócios, cooperando para a fixação e renovação
dos produtores rurais que hoje, muito embora envelhecida aproximem filhos e até netos desta
atividade mais importante para a existência humana, a agricultura, pensando desta forma em
AGROBUSINESS
Além disso, a agricultura familiar tem se destacado pela sua capacidade de inovar e adotar novas
tecnologias. O acesso a ferramentas como a agricultura de precisão, o uso de energias
renováveis, sistemas de irrigação inteligentes e técnicas de manejo sustentável tem permitido
aos pequenos produtores aumentar sua produtividade sem comprometer a qualidade do solo
ou a biodiversidade local. Tais inovações, quando bem aplicadas, não apenas aumentam a
competitividade dos produtores familiares, mas também criam novas oportunidades de
negócios, como a comercialização de tecnologias e serviços relacionados à agricultura
sustentável.
Em um cenário mais amplo, o fortalecimento da agricultura familiar como hub de negócios
também pode ter um impacto positivo no meio ambiente. A integração de práticas agrícolas
sustentáveis, como a agroecologia e o cultivo sem agrotóxicos, promove a preservação dos
recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades rurais. Dessa forma, além
de ser um motor econômico, a agricultura familiar desempenha um papel crucial na conservação
dos ecossistemas, ajudando a mitigar os efeitos da mudança climática e a preservar a
biodiversidade.
Por fim, a agricultura familiar como hub de negócios reflete uma tendência crescente em direção
a um modelo de desenvolvimento mais inclusivo e sustentável. A capacidade de gerar emprego,
promover inovação e conectar diversos setores, desde a produção até a comercialização, coloca
esse segmento no centro da agenda econômica e ambiental. Ao fortalecer e expandir as
possibilidades de negócios para os produtores familiares, é possível construir um futuro mais
justo e equilibrado, onde a prosperidade das comunidades rurais seja vista como uma prioridade
estratégica para o desenvolvimento de toda a sociedade.
Assim, ao reconhecer a agricultura familiar como um verdadeiro hub de negócios, é possível
valorizar não apenas a sua importância para a segurança alimentar, mas também seu potencial
transformador em diversas esferas da economia e da sociedade.
MARCOS SANTOS – Formado e Pós graduado em Administração com ênfase em Gestão pública,
e Gestão de Projetos Pela FGV, ex-gerente de implantação de projetos, Ex-superintendente de
Gestão SEAF/MT e do Programa de Crédito Fundiário em MT – PNCF/SEAF-MT, Gestor de
Projetos da APROFIR, Assessor Parlamentar, e consultor para o terceiro setor.
Luis pontes e lacerda 09/11/2024
Quem lê parece que esse cara está anos lus na frente de quem comanda a agricultura familia no nosso estado, É isso aí mesmo precisa ser encarada como negócio chega de dar, de escravisar o cara de o caminho das pedras e ninguém tá vendo?
OTÁVIO PALMEIRA 08/11/2024
Concordo com o articulista Marcos Santos. Também entendo que a Agricultura Familiar precisa ser encarada pelos gestores públicos correlacionados, não só como uma forma de subsistência, mas sim, um setor gerador de emprego e renda. E acima de tudo, é o setor da agricultura que põe a comida no prato de todos os dias, para todos. O Sr. Marcos, que tem uma vida servindo e dedicando à Agricultura Familiar, se mostra preparado pra contribuir com setor. Uma pergunta: Será que a Agricultura Familiar faz parte do Programa de Governo, dos novos Prefeitos eleitos que tomarão posse em janeiro/25? Vamos acompanhar. Abs.
Heuler Benedito duque 08/11/2024
Você foi muito feliz em seu texto,e só lembrando que quem coloca comida na mesa da população é exatamente a agricultura famíliar.
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