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Polícia Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 16:30 - A | A

Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 16h:30 - A | A

fraude em jogos e rifas

Influenciadores presos faturaram mais de R$ 12 milhões em 6 meses

Redação do GD
CUIABÁ
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Os influenciadores Larissa Mataveli, Victor Vinicius de Freitas, Nicolas Guilherme de Freitas, Carlos Henrique Morgado e Gabriel Ferreira, foram presos durante a Operação 777, deflagrada na manhã desta quarta-feira (27), em Cuiabá. Além deles, Cristiane de Freitas e Sandra Regina Ferreira, mães dos influenciadores, também foram detidas.


O influenciador Bruno Fabiano Marques, viajou para Paris (França) e é considerado foragido. O grupo é investigado por divulgarem jogos ilegais, conhecido como 'Tigrinhos', em suas redes sociais.

 

A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso apontou que eles chegaram a faturar, no primeiro semestre deste ano, o total de R$ 12.869.572,00.

 

Reprodução

Larissa mataveli

 

 

A decisão judicial do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá determinou, além das prisões e buscas contra os investigados, o bloqueio de valores dos influenciadores até o montante apontado na apuração policial.

 

Na investigação conduzida pela Delegacia Especializada do Consumidor de Cuiabá, os policiais civis encontraram indícios de que os investigados lançavam plataformas novas, quase diariamente, porque os seus seguidores logo percebiam que não conseguiam ganhar dinheiro com as apostas nos sites divulgados. E ainda, quando os apostadores ganhavam valores maiores, não recebiam o prêmio, o que forçava os influenciadores a promoverem novos jogos para induzir os inscritos a erro.

 

Além disso, a Polícia Civil apontou indícios de que os investigados publicavam vídeos e imagens jogando versões demonstrativas fornecidas a eles pelos responsáveis das plataformas. Essas versões são programadas para que eles sempre ganhem as apostas, induzindo os seguidores ao erro com a simulação de ganhos de altos valores com apostas falsas.

 

As investigações identificaram, ainda, evidências de que as rifas promovidas pelos presos na operação desta quarta-feira, além de ilegais, também são fraudadas de diversas formas. Uma das maneiras mais comuns é o influenciador vender uma quantidade de números que cubra o valor investido no veículo ou bem de luxo sorteado. Assim, ele ficava com a maioria dos números para que, se fosse sorteado, apresentasse um comparsa como o vencedor e ficava com o prêmio.

 

Suspensão de empresas

A decisão judicial da Operação 777 também determinou a suspensão da atividade econômica e da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de nove empresas ligadas aos investigados e também a pessoas naturais da China.

 

Além disso, foi deferido o bloqueio de sete redes sociais dos influenciadores nas plataformas do Instagram e Facebook. Eles também deverão cumprir medidas cautelares como a proibição de deixarem o país, apreensão dos passaportes e a proibição de realizarem qualquer divulgação relacionada a jogos de azar ilegais.

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