O empresário Geandré Latorraca, empresário no ramo de alimentação e comunicação foi surpreendido na tarde desta quarta-feira, dia 14, por quatro pessoas que queriam força-lo a gravar um vídeo declarando que não iria mais mexer com mulher casada.
O proprietário do Restaurante Fonte do Paladar e do Jornal “Estadão MT” foi surpreendido em seu estabelecimento comercial que fica na Avenida 15 de Novembro, em Cuiabá e recebeu ameaça de morte caso não fizesse a gravação.
O empresário esteve na Central de Flagrantes do Verdão onde lavrou ocorrência e relatou a ameaça de morte. “Ele falou: ‘- ...mas você vai gravar o vídeo porque eu vim aqui para te matar e eu estou te dando uma chance de você gravar esse vídeo’ ”, sentindo-se acuado sob a mira de um revólver e vendo seus funcionários também sendo ameaçados Geandré decidiu gravar o vídeo, sem entender nada. Mesmo assim os funcionários ainda tentaram deter os criminosos que conseguiram evadirem-se do local, quando a Rotam, foi acionada e conseguiu localizar e prender os quatros envolvidos e encaminhados ao CISC Verdão.
Dias antes, a esposa do empresário também foi procurada na vidraçaria de sua propriedade e a quadrilha queria o telefone de seu esposo para fazer uma espécie de orçamento para fornecimento de marmitas para entrega numa suposta obra, causando estranheza.
A partir daí, Geandré foi contatado algumas vezes e nesta manhã contou que estava no restaurante e poderia atendê-los lá quando chegaram quase que imediatamente e a forma que adentraram o comércio deu a entender que algo estava errado e não se tratava nada de entrega de marmita.
O empresário desconfia que a finalidade real de tudo isso possivelmente pode ser matérias publicadas em seu site de notícias.
Policial envolvido
A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso vai investigar a participação do PM Ednilton Rafael Santos Costa que está entre os presos por agressão e ameaça de morte contra empresário de Cuiabá.
O Comandante-Geral da PMMT, Coronel Alexandre Mendes emitiu nota informando que o policial envolvido não está na ativa devido a um processo de demissão resultante de outros delitos cometidos por ele. O Coronel foi categórico em dizer que o servidor envolvido "Trata-se, portanto, de mais um produto indigesto do nefasto sistema processual brasileiro, com forte pendor às chicanas e protelações recursais, neste caso em específico valendo-se o servidor de atestado psiquiátrico", declarou. O coronel ainda prestou sua solidariedade aos envolvidos, familiares e colaboradores.
O envolvimento do militar fez com que a Corregedoria Geral da PM fosse acionada para dar início ao procedimento administrativo para apurar infrações disciplinares paralelamente à apuração criminal, conduzida pela Polícia Civil.