ALMT instala Câmara Setorial Temática para debater o tráfico de pessoas em Mato Grosso

By Redação mar18,2024

Nesta segunda-feira (18), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) deu um importante passo no combate ao tráfico de pessoas ao instalar a Câmara Setorial Temática (CST) para discutir o tema. Com foco nas diversas modalidades criminosas desse tráfico, a CST visa integrar agentes públicos, representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da sociedade civil e ONGs.

O tráfico de pessoas em Mato Grosso tem atingido números alarmantes, com 78% das vítimas sendo mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade social. Diante desse cenário preocupante, o objetivo da CST é promover a integração desses diversos atores para desenvolver diagnósticos que subsidiem políticas públicas no enfrentamento dessa prática criminosa.

A iniciativa para a criação da CST partiu do deputado Sebastião Rezende (União), que, sensibilizado pelos números de pessoas desaparecidas no estado, solicitou a formação da câmara para discutir ações de combate e prevenção ao tráfico de pessoas.

O deputado destacou a gravidade do problema, afirmando que o tráfico de pessoas é o terceiro crime mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas. Ele ressaltou a necessidade de uma abordagem forte, envolvendo não apenas as forças de segurança estaduais, mas também a Força Nacional.

Durante a reunião da CST, foram apresentados dados alarmantes sobre o tráfico de pessoas no Brasil, evidenciando a urgência de ações coordenadas para enfrentar essa realidade. Átila dos Passos Calonga, coordenador da Comissão de Articulação, Prevenção e Mobilização do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CETRAP-MT), assumirá a presidência da CST. Ele enfatizou a necessidade de políticas públicas para prevenir e reprimir o tráfico humano, especialmente em um estado fronteiriço como Mato Grosso, que facilita a atuação das redes criminosas.

O coordenador ressaltou que a vulnerabilidade social é um fator primordial para o tráfico de pessoas, destacando a importância de conscientizar a população e combater as diversas formas de exploração, como a sexual, o tráfico de órgãos e o trabalho análogo à escravidão.

Representantes de diversas instituições, como o Ministério Público Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Conselho Regional de Medicina, destacaram a importância da atuação conjunta no combate ao tráfico de pessoas. Reconhecendo a complexidade do problema, enfatizaram a necessidade de cooperação entre os poderes e órgãos responsáveis pela segurança pública para enfrentar essa forma de criminalidade de maneira eficaz.

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