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Pelo Brasil Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025, 07:54 - A | A

Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025, 07h:54 - A | A

Carro anfíbio

Dono de "carro anfíbio" não consegue recuperar veículo apreendido que viralizou após andar sobre o mar

Mecânico Caio Strumiello, de 53 anos, enfrenta obstáculos legais para liberar sua invenção que pode andar na terra e na água.

Pablo Cuiabano

O mecânico Caio Strumiello, de 53 anos, criador de um carro anfíbio que pode ser usado tanto na terra quanto na água, enfrenta dificuldades para recuperar sua invenção, apreendida pela Guarda Civil Municipal (GCM) na Praia do Gonzaguinha, em São Vicente, litoral de São Paulo.

O veículo foi retido por não possuir a documentação necessária para navegar ou trafegar, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nas Normas da Autoridade Marítima. Segundo a Prefeitura de São Vicente, a ausência de licenciamento, registro e certificação de segurança resultou na remoção do carro, que foi levado ao pátio de recolhimento no bairro Catiapoã.

Criação artesanal e apreensão
Strumiello começou a construir o veículo há cerca de dois meses, utilizando um casco de barco com rodas e dois motores – um de motocicleta e outro estacionário. Durante a abordagem, ele afirmou que o projeto foi cuidadosamente planejado para não poluir o meio ambiente, garantindo que os motores não têm contato direto com a água.

Apesar das explicações do mecânico, a Capitania dos Portos e a GCM entenderam que a ausência de documentos e licenças apresentava riscos à segurança e ao meio ambiente.

Burocracia e indignação
O criador tentou liberar o veículo no último fim de semana, mas sem sucesso. Agora, ele pretende acionar um advogado para buscar a liberação judicial de sua criação. "Se Santos Dumont tivesse tentado fazer o avião dele aqui, talvez teria perdido alguma coisa. No Brasil, não há incentivo para inovação", desabafou Strumiello.

Exigências legais
A Prefeitura esclareceu que, para regularizar o carro anfíbio, o proprietário deve buscar o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e obter a documentação necessária. Para navegar, é necessário ainda obter a Licença de Construção ou Licença para Embarcações Já Construídas, conforme as regras da Capitania dos Portos.

Enquanto o processo se desenrola, o carro anfíbio permanece no pátio municipal, acumulando custos de estadia e remoção.

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